Por Luciano Barreto
Minhas fossas oculares estão secas.
Estou a chafurdar no bizarro e escuro pântano.
Nem portando este lume, cuja lâmpada está acessa,
Consigo ver muita coisa na imensa escuridão.
Temeroso, sigo em frente.
O chapéu cravado na cabeça.
O rifle, em riste, na mão direita.
O medo se aproxima com um terrível som de folhas a farfalhar
Lembrando da arma, penso:
“Para aonde correr? Eu vim caçar!”
“Ficar e morrer? Eu vim matar!”
Vejo uma árvore antiga fincada no lodo.
Estrategicamente, me aproximo e para minha loucura
Sou arrebatado por imensas raízes para o fundo do pântano.
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