
Por von Sorian, o Velho
SUDÁRIO
Para Rita Von Engels
Uma noite desce sobre a minha sorte.
Abate-me uma estrela sem fortuna.
Singra-me os mares assombrada escuna.
Sangra-me a Lua de um profundo corte.
Livor da Lua no meu contraforte:
sangue noturno que o Sudário enfuna;
vela agourenta desfazendo a espuma
num torvelinho de escuridão e morte.
Pesa-me uma sombra bem quase à asfixia,
pois que minha alma é mortalha fria
que entenebrece meu corpo medonho.
Que venha então esperada ruptura:
corpo e alma a romper tênue sutura...
Assim como alguém que acorda dum sonho.
Perfeito!
ResponderExcluirFantástico!
Vi em ti meu caro, um misto de Alvares de Azevedo e Castro Alves!
Que nada, Lady. Minha praia são os contos asquerosos e purulentos!
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