domingo, março 15, 2009

Sexto Soneto Sagrado




Uma poesia sombria para quebrar o gelo da falta de postagens rs

Por John Donne

Tradução de Jorge de Sena

Não te orgulhes, ó Morte, embora te hão chamado
poderosa e terrível, porque tal não és,
já que quantos tu julgas ter pisado aos pés,
não morrem, nem de ti eu posso ser tocado.

Do sono e paz que sempre a teu retrato é dado,
muito maior prazer se tira em teu revés,
pois que o justo ao deitar-se com tua nudez,
ossos te deita e não seu esprito libertado.

Escrava és de suicidas, e de Reis, da Sorte;
Venenos, guerras, doenças são teus companheiros;
magias nos dão sonos bem mais verdadeiros,
melhores do que o teu golpe. Porque te inchas, Morte?

Despertamos no Eterno um breve adormecer,
e a morte não será, que Morte hás-de morrer.

Ah e fiquem no aguardo, a Irmandade das Sombras logo estará de volta!

Um comentário:

  1. A I. S. há de despertar.
    E voltar a receber os seus filhos,
    Quem sabe também os mais jovens.
    Ass. Déia Tuam

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