sexta-feira, abril 17, 2009

O Escolhido




Estou meio sem material para postar por isso posto algo meu mesmo rs


Por Linx


“Quem tiver sabedoria que calcule o número da besta, pois é um numero de homem e seu numero e seiscentos e sessenta e seis”
Apocalipse de São João

— Cinco minutos...
L. olhava no relógio sem parar, estava extremamente ansioso. Suas pernas mal paravam no lugar e ele começava a suar.
Seis meses, era o que ele havia esperado, seis longos meses para que ela aceitasse sair com ele, mas agora ele estava lá, com sua melhor roupa, segurando um CD que ela disse ser de sua banda favorita (que por sinal ele odiava - mas passou a tentar gostar) na frente daquele shopping a esperando.
Seus olhos corriam todos os rostos que passavam, procurando o rosto de sua amada. Aquele rosto...
Devia ser o rosto mais lindo que ele havia posto os olhos. Parecia de um anjo, esculpido pelas mãos do próprio Deus. Aquele rosto que fez ele se apaixonar perdidamente desde a primeira vez que o viu. Agora ele o procurava no meio da multidão, já meio que desesperado pois via em seu relógio que ela devia estar ali já faziam dez minutos.
— Ela deve ter desistido... não! Pare de ser pessimista! Ela virá. Afinal coisas acontecem, ônibus quebram, essas coisas...
Mas algo no fundo dizia que ela não viria. Bem lá no fundo ele sabia que aquilo tinha sido uma idiotice, afinal porque ela viria? Porque ela iria se encontrar com ele? Tantos porque ela escolheria justamente ele?
— Não passo de um idiota...
Seus pensamentos otimistas logo começaram a sumir de vez quando ele se voltou ao relógio e viu que já passaram meia hora do combinado.
— Melhor eu ir... não quero ficar aqui como idiota.
L. se virou e seguiu a passos longos e olhos já quase cheios de lagrimas nos olhos a direção de sua casa.
— L.!
Seus olhos se voltaram a uma voz que gritou seu nome atrás dele. Seu coração quase que arrebentou seu esterno quando ele viu ela ali parada vestindo uma blusa rosa e uma calça jeans, com um lindo sorriso
— Onde você vai?
— Eu...
— Tava indo embora? Ia me abandonar? Disse ela sorrindo
— Não...eu só achei que...
Ela correu de onde estava e seguiu em sua direção.
— Desculpa o atraso. Disse ela coçando a cabeça. Eu me perdi!
— Tudo bem. Disse ele limpando seu rosto
— Então... Oi! Disse ela espontaneamente sorrindo
— Oi. Disse ele esboçando um sorriso tímido
— Bem, que tal irmos ao shopping. Aqui é chato
— É...
Suas mãos se encontraram. O coração dele batia acelerado, suas mãos suavam, era como um sonho. Ela olhava ao longe, como que procurasse alguma coisa, e nos seus lábios um sorriso quase que sarcástico começava a brotar.
— Seu otário! Disse ele dando um soco em L.
Todos a sua volta riam, inclusive D., a garota que ele tanto amava.
— Achou realmente que a D. ia sair com você seu otário?
Seus olhos se enchiam de lagrimas. Como ela pode?
— Vamos ensinar ele H., vamos por esse idiota no lugar dele
— É boa idéia. Disse um outro
— Mas... D. começou a dizer algo. Não machuquem muito
Todos deram uma longa gargalhada.
— Não se preocupe. Disse um deles beijando D. Só uns socos nada mais
— Ah tudo bem então. Disse ela sorrindo. Amorzinho é só brincadeirinha
Os quatro chegaram mais perto de L. Um deles o empurrou o fazendo cair no chão, enquanto os outros começaram a chuta-lo
— Parem pelo amor de Deus. Disse L. chorando
— Ah ele começou a chorar. Disse um deles, despertando uma gargalhada geral
— Ah amor não se preocupe, quando eles acabarem ele lhe dou seu tão sonhado beijinho. Disse D. que observava tudo
— Não parem... por favor
Os chutes voltaram, dessa vez com mais intensidade. L. chorava e gritava por piedade e com isso os garotos apenas aumentava a força do chute.
— Cansei. Disse um deles.
— Será que ele aprendeu onde é o lugar dele?
— Vamos ver. Disse um deles levantando a cabeça de L. do chão. Aprendeu otário? Lugar de gente como você é ai, no chão, em baixo de nós.
O garoto soltou sua cabeça e a deixou cair no chão com força.
— Thau amorzinho. Disse ela dando-lhe um beijo no rosto
— Vamos logo D.
— Já vou. Thau. Disse ela baixo no seu ouvido
— Me dá um beijo aqui gata
“Vai agüentar isso também? Você sabe que pode fazer. Faça-o
— Não...
“Olhe eles indo. Olhe a menina que te fez isso. Olhe! Beijando o cara que te deixou ai esticado no chão. A menina que você dedicou tanto o seu amor, olhe ela ali. Vamos lá fora curtir um pouco...”
— Cale-se!
— Com quem ele ta falando. Disse um deles voltando seu olhar a L. esticado no chão
— Deve ta xingando a gente né
— Se for... vamos lá
Os cinco começaram a voltar na direção de L., que começava a se levantar.
“Eles estão vindo. Vai deixar eles fazerem aquilo tudo de novo?”
Um sorriso leve brotou do rosto de L. Sua fisionomia começou a mudar, de um rosto sofrido a um rosto sádico
— Você ta rindo?
— Acho que aquilo foi só piada pra ele
— Bem vamos mostrar então algo pra fazer ele chorar
Um deles tentou empurrar L. mas suas mãos pararam na frente do peito de L.
— Com mais força. Disse ele com uma voz grossa e fria
Os três se afastaram e o que o empurrava parou na sua frente.
— O que...
— Conhecem o inferno?
— O que ele tá falando? Disse D. já desesperada
— Deve ter batido a cabeça demais. Sai da frente
H. correu de onde estava e empurrou seu amigo para trás.
— Vamos nós dois.
— Nós dois? É muito pouco
L. começou a proferir algumas palavras que H. não conseguia entender. O vento começou a soprar com força, enquanto alguns ruídos eram ouvidos de longe. Nas suas mãos e testas começavam a surgir algo que parecia ser fogo que logo sumiu deixando apenas os números 666 tatuados no lugar
— O que é isso? Disse H. se afastando
— Venham meus queridos
Do meio da escuridão surgiram cerca de oito cães. Eram cachorros maiores do que o normal e não tinha pelos, apenas feridas por todo corpo. De suas bocas babavam algo que parecia ser sangue e nas suas patas algo que parecia barro seco.
— Meu Deus!
— Ataquem
Todos correram desesperados. Os cães de onde estavam como que dando pulos saíram atrás de todos.
— Deus! Me solta!
Os cães comiam rapidamente aqueles garotos. Suas carnes eram dilaceradas pelos seus dentes afiados em meio a seus gritos de dor e desespero. O sangue jorrava por todo o chão. Mas D. ainda permanecia intacta, olhando tudo, imóvel deitada no chão
— Queria apreciar bem de perto.
— Quem é você?
— Eu? Eu era. E você também
L. fez um sinal fazendo com que os cães abandonassem suas carcaças já quase nos ossos e viessem ao lado de L.
— Bem devagar...
Os cães saíram do lado dele e começaram a morder o corpo de D.
— Pare pelo amor de Deus. Disse ela gritando, com seu rosto já todo escorrido de lagrimas
— Deus? Que Deus? Disse ele sorrindo
— Não! Não! Não... seu corpo perdeu suas forças e a dor a fez desmaiar
Os cães a mordiam com toda força arrancando agora pedaços de seu corpo. Um deles então levou até as mãos de L. sua cabeça
— Realmente você era linda
— Pelo jeito você aceitou seu destino. Disse um homem colocando a mão em seu ombro
— Sim. Cansei de ver esses ai me humilhando. Disse ele chutando os pedaços dos corpos. Alias cansei de todos, acho que vou mandar mais uns hoje para você Lúcifer
— Seria muito bom meu caro
Os dois se viraram deixando aqueles cães terminarem de comer o resto de carne que ainda continham nos ossos. Agora que o escolhido havia entendido seu propósito na terra, eles tinham uma longa noite pela frente.


PS 1: Caso você tenha alguma material e queria contribuir ao blog, ficarei feliz em postar. O blog ainda segue a filosofia da Irmandade e por isso é livre a postagem de material a todos (ou seja você manda, eu posto e o público julga - aqui não há senhores da verdade que julgam o que é bom ou não e espero que não existam nunca por aqui). Pra quebrar um galho, caso você tenha um endereço, eu faço um merchã básico e o deixo nos recomendados rs (pode mandar o link sem material que eu o deixo nos recomendados mesmo assim rs)


PS 2: O contador aparece para vocês ? rs. Acho que ele está com defeito rs


PS 3: Obrigado a todos que passarão e que passarem no blog e em especial aos seguidores do blog


PS 4: O que vocês acham da proposta da Irmandade? (Sim penso em reabri-la um dia, só preciso de gente que abrace a causa)

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