quarta-feira, agosto 22, 2007

A Irmandade

Por Linx

Este texto foi uma homenagem que fiz aos membros da Irmandade da sombras, e é dedicado a todos eles, em especial a Hell, uma das escritoras mais incriveis que já tive o prazer de ler e uma das mulheres mais fascinantes que já pude por meus olhos, não só por sua belza, mas também pelo seu carisma, inteligencia e astucia.

— Incrível...Era a palavra, a única capaz de descrever o que a Irmandade das Sombras virará. Olhando eu essas paredes coberta de tapeçarias antigas, o piso de mármore negro, os tetos com lustres do mais nobre cristal, tudo cheirando a novo, saído a pouco das caixas. Minha mente parecia as vezes não crer que aquilo tudo era real.Aconteceu quase que de repente; deixamos de ser um monte de pessoas distantes trocando palavras pela internet e agora caminhávamos para ser uma grande sociedade literária mundial. E não era um sonho, ou mais uma das minhas alucinações, era tudo real, tudo ali palpável.
— Linx?
— Oi maninha...
— O que está fazendo ai parado? Disse ela me dando um sorriso
— Admirando...
— É as vezes me paro também a olhar toda essa grandeza
— Tudo tão irreal, tão...
— Perfeito. Disse ela pegando minha mão
— Sim. Olhei nos seus olhos e sorri. Perfeito
Acho que nunca senti o que eu sentia quando abraçava a Celly, esse bem estar que toma conta de todo meu corpo, como que se meu coração só batesse quando ela estivesse ao meu lado. As vezes queria ficar assim, abraço sozinho a ela nesse silencio, para a eternidade.
— Vamos não é. Disse ela me parecendo desconcertada saindo dos meus braços
— Sim vamos. Disse eu lhe tomando uma das mãos entre a minha
Lentamente corremos o corredor até chegar nas grandes escadas, talhadas do mesmo marfim que o piso, rica em detalhes barrocos e ao mesmo tempo modernos. No fim delas, no salão principal nos esperavam Rogério, Henry, Paulo e Hellena
— Demorou o casalzinho. Disse Hellena no seu tom mais irônico
— Odeio esse seu tom
— Eu sei, por isso adoro usa-lo. Disse ela passando a mão pelo meu queixo
— Bem vamos. Disse Paulo interrompendo o flerte
— Sim claro.
Hellena! (que sempre preferiu que chamássemos de Hell, mas eu dificilmente conseguia me dirigir a ela por esse nome. Em minha mente sempre foi Hellena) Realmente uma das mais sensuais criaturas que já tive o prazer de por meus olhos. Não havia homem que a olhasse naquele seus vestidos curtos, colados em suas belas curvas que não fosse tomado, mesmo que por um simples instante, por uma libido incontrolável. E hoje com certeza ela estava mais bela que nunca, que diga meu velho amigo Paulo que não conseguia esconder seu desejo pela jovem garota e mal piscava admirando meio que de suas sombras a jovem menina
Era um dia especial, mas senti lá no fundo que aquele dia mudaria muito nossas vidas...

*****

— Cale o boca! Disse eu lhe dando um tapa no rosto, fazendo ela cair esticada no sofá
— Seu maldito! Gritou ela caída no sofá
— Bando de traidores! Como puderam?
— Você está louco Linx!
— Não me chame de louco! Eu estou vendo! Não podem esconder de mim!
— Você está louco. Ela se levantou se protegendo, correndo em seguida até a porta e a fechando atrás dela
— Volte aqui! Disse eu correndo atrasado, dando com a porta fechada
Bando de maldito! Traidores! Desgraçados! Como fui idiota! Mas também como esperar isso de meus companheiros? Não esperaria isso nem de meus inimigos. Mas eles não vão conseguir. Não vão! Lutei muito para criar a Irmandade. Se ela é o que é hoje foi graças a mim e agora eles querem me tirar isso tudo? Querem me tirar tudo que construí? Querem me matar! Desgraçados, queimarão no fogo do inferno
Corri até minha escrivaninha e peguei uma arma que eu escondia no fundo falso de uma das gavetas, carreguei com todas as balas que cabiam no pente e botei o resto no bolso. Em passos curtos me dirigi até a porta e a abri lentamente. No fim do corredor pude ver meus dois amigos, Paulo e Henry parados conversando com “ela”. Maldita, a pior de todas! Fingiu que me amava, que me adorava. O que ela faria? Dormiria comigo e no meu momento de descanso me mataria?Sai detrás da porta e atirei acertando ela no ombro. Os dois me olharam e tentaram se aproximar lentamente
— Linx, pare com isso, por favor pare0. Disse Paulo num tom baixo e temeroso
— Porque? Porque atirei na vadiazinha que você deseja em segredo?
— Linx pare, você está dizendo loucuras. Disse Henry dando uns passos a frente
— Fique onde está! Gritei com toda fúria. E loucuras? Acham que sou louco? Eu era quando coloquei vocês aqui dentro. E você seu filho de uma puta, não venha me falar nada, pois sei que essa idéia foi sua e do Roger que nunca aceitaram eu como líder da Irmandade.
— Linx ouça o que você está dizendo. Disse Paulo em um tom mais nervoso
— E você cale essa sua boca imunda também. Pervertido desgraçado. Acha que não vejo seus olhares maliciosos a essa ai. Disse eu apontando minha arma a Hellena caída no chão cheia de lagrimas nos olhos, soluçando sem parar. Que você deseja possui-la mais que tudo? Que olha escondido ela trocar de roupa?
— Cale a boca! Cale a boca!Paulo correu de onde estava e agarrou minha mão, me dando um soco com a outra. A pancada me fez cair no chão e num reflexo atirei acertando em sua testa
— Paulo! Gritou Hellena no chão. O que você fez?
— O que devia ter feito a muito tempo... e só estou começando
Com um movimente rápido me pus de pé atirando em seguida em Henry que se preparava para me atacar.
— Corre Hell! Gritou ele antes de cair desfalecido
— Henry... balbuciou ela antes de se levantar e correr até as escadas
— Volte aqui! Disse eu me pondo a correr atrás dela
— Deixe-a!Uma voz masculina atrás de mim me fez parar e voltar meus olhos para trás. Era Roger parado atrás de mim segurando num braço a jovem Amaya e ao seu lado Luciano que já tinha nas mãos uma arma. Os dois soltaram ela e correram até mim. Disparei alguns tiros, um deles acertando Roger no peito e outro Amaya na cabeça. O sangue que espirou de sua cabeça me fez parar, dando chance para Luciano me agarrar.
— Veja o que vocês me fizeram fazer! Gritei eu me livrando dele, o derrubando no chão.Mais três tiros, mas dessa vez minha mão soltou a arma e minha fúria começava a passar e meus olhos agora viam tudo a minha frente. Senti meu coração se encher de amargura e lagrimas quentes correrem meus olhos. Voltei meus olhos para trás e vi o corpo delicado da jovem Amaya no chão. Seus doces olhos agora estava fechados e seu rosto delicado, já pálido e sem vida. Tudo culpa dela! Por causa de sua ganância, eu matei uma inocente.Tomei novamente a arma do chão e corri até a escada, onde a encontrei sentada
— Por sua culpa! Por sua culpa!
— Veja direito Linx, veja de quem é a culpa. Disse ela calmamente
— Cale a boca maldita!
— Veja de quem é a culpa
— Queime no inferno

*****

— Linx!Meus olhos se abriram de repente.Não estava mais naquela cenário de horror, estava eu novamente naquele dia antes do grande discurso. Meus amigos ali parados me olhando, os portões abertos. Do lado de fora um grupo grande, conseguia ver Amaya, Luciano, Leonardo. Eu havia visto o que iria acontecer. Vi a Irmandade crescer mais do que nunca, vi o dinheiro nos tornando loucos, eu o mais louco de todos. Vi todos aqueles ali na minha frente se tornarem os maiores escritores do mundo e vi eu matando muitos deles
— Linx vamos. Disse minha jovem irmão sorridente
— Não posso...— O que você está falando? Perguntou Roger. Cara hoje é o nosso dia
— Hoje é o começo do fim
— Linx o que você está falando. Disse Hellena se aproximando
Não podia deixar aquilo acontecer. Eu vi o futuro, cabe a mim muda-lo.Num movimento rápido me virei de costas de sacando uma arma que eu guardava num bolso para dar sorte dei um tiro na minha têmpora
Ainda inconsciente vi meus amigos se aproximarem e gelei ao ver seus rosto sorridentes
— Se divirta no inferno...

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Um comentário:

  1. Você é doido... meu maninho, posso te ajudar, pois eu não quero morrer...

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