quarta-feira, outubro 04, 2006

OSSADAS ESQUECIDAS


Autor: CLÁUDIO SORIANO

Sob a efígie do monumental deus da morte, Tanatos, estabelece- se a sepultura da criatura humana; a vala que a todos enterra com extremíssima simplicidade.
A estátua marmórea observa atentamente o processo da putrefação. Antes, vivo e alegre a respirar, o homem; agora, crânio e túmulo, ossadas esquecidas, entregues ao tempo.
Assim, Tanatos mais uma vez profetiza: “ O que se ergue do pó, que deste se surge, a ele retorna; engulo todos os homens, inclusive aqueles que não me temem!”
Os outros sepulcros coexistem de maneira secundária, formando uma extensa necrópole. Contudo, seja Tanatos o rei dessa temida vastidão.
Mas, tentando fugir do implacável destino que vos aguarda, caro leitor, não podeis entregar os vossos restos ao esquecimento eterno; algumas ervas daninhas da vida ainda podem ser regadas, pois!

5 comentários:

  1. Parabéns, vamos divulgando o blog, devagarzinho, ano que vem transformamos em site, se Deus quiser e o Diabo não se intrometer.

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  2. Oh, esta inevitável dialética. Que maravilha do universo, não é, irmão Paulo!? Parabens mais uma vez, é só o que posso dizer!!!
    Sua obra é sempre uma elevação!!!

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  3. Oh, esta inevitável dialética. Que maravilha do universo, não é irmão Paulo!? Parabens mais uma vez, é só o que posso dizer!!!
    Sua obra é sempre uma elevação!!!

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  4. Ué. Confundi vc com o Paulo Soriano. São parentes? Bem, de todo, seu conto aborda um tema que me é muito caro. Sou fã do Hegel e acho que a teoria da trasnformação eterna é a única plausível dentre todas as teorias filosóficas. Abraços!!!

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  5. Também me amaro em Hegel, Lord Henry. Mas o Von Sorian, aqui, é fão de carteirinha do genial e olvidado holandês Baruch Espinosa.
    Ah, quanto a Cláudio Soriano... este é apenas um GENIAL sobrinho que tenho.

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