
Por Lady Catherine Gordon of Gigth
Lasciva que sou,
Lascivo que és,
Das virtudes desfeita, em meus delírios sorvendo sangue de vossos pés!
Serva perversa em desespero impassível
O lamento em meus lábios,
Amaldiçôo, pobre de mim, minha sorte, meu revés,
Apesar da laje que te cobre, ainda posso ver-te
Do solo fétido, da nevoa de vermes e do gramado verde,
O riso de escárnio breve, gentil verdugo,
Estás na podridão e eu embriagada, sob o teu jugo!
Até o mais vil humano se apiedaria,
Os olhos a revirar no êxtase dos lábios teus!
Meus lábios a venerar da tez de Mármore a glória
Teu aroma em minha carne, teus olhos doces na memória!
Das profundezas meu sangue clama
Meu verdugo, Impiedoso,
Teu olhar malévolo, capuz infame,
O machado sanguinário
Imploro-te, sê o meu sudário!Retorna!
Eis o clamor que regurgito!
Atravessa o cal, quebra o mármore
Irrompe do tumulo, maldito!
Postagem de 10/06
Nenhum comentário:
Postar um comentário